Faria e Fontaine referem que segundo Parsons et al. (1983) e Snellman e Raty (1992): “A organização das representações dos professores sobre a inteligência e o seu desenvolvimento afecta não só as relações informais que mantêm com os alunos, mas também as suas estratégias didácticas explícitas” (1993, citados por Pereira, 2004, p. 9).
As nossas teorias implícitas estão relacionadas com a percepção que nós temos de tudo o que observamos, sentimos, e até, daquilo que pensamos que sentimos. São perspectivas ou pontos de vista que não foram objecto de estudo científico. Esta percepção é sempre superficial, como no caso das ideias do senso comum, e por isso poderão influênciar negativamente a maneira como vemos o mundo e a forma como nos relacionamos uns com os outros, uma vez que existe a hipótese de estarem erradas. O facto de estarmos conscientes das nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano leva-nos à reflexão e à crítica sobre nós próprios e sobre tudo o que nos rodeia. É muito importante que um educador tenha esta consciência uma vez que está em constante relação com o outro.
No entanto, a partir das suas teorias implícitas, muitos investigadores tem desenvolvido estudos empíricos que dão origem a teorias científicas e trabalhos práticos objectivos.
Sendo as teorias implícitas “construções mentais que qualquer sujeito, investigador ou leigo, pode desenvolver acerca da inteligência e que podem ser explicitadas” (Faria & Fontaine, 1993, citados por Pereira, 2004, p. 7) entendo que, se não chegarem a ser explicitadas poderão levar-nos a cometer grandes erros na relação com o outro, uma vez que as representações que os professores tem sobre o desenvolvimento humano e a inteligência contribuem favorável ou desfavoravelmente para as interacções pedagógicas na sala de aula.
(@fátima moreira)
Referências Bibliográficas
Faria, L. & Fontaine, A. (1993). “Representações dos Professores Sobre a Natureza e Desenvolvimento da Inteligência”. In Revista Portuguesa de Pedagogia, XXVII (3), 471-487.
Pereira, M. P. F. (2004). Concepções do desenvolvimento intelectual e actuação dos professores Consultado a 3 de Abril de 2010 em http://www.esenviseu.net/Recursos/Download/Tema_41/DesenvolvimentoIntelectual.htm
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Que bom mais novidades no blog! realmente e verdade que "cada um é como cada qual..."( frase mto citada e por vezes pouco pensada. Temos nossa forma de ver o mundo nas diversas areas,ha situaçoes que deveriamos ser mais flexiveis e tentar perceber se o q interpretamos,é realemnte o objectivo de determinada mensagem transmitida. Daí o valor da linguagem e do veiculo de comunicaçao ser cuidadoso a explicar determinado assunto! Mas,pk somos humanos e nem todos iguais,mtas vezes discordamos,porque ou nao entendemos ou não deixamos q a nossa mente receba novas situaçoes,o q prejudica o crescer do ser humano...ha q sermos mais compreensivos,ter mente aberta,e sermos "criticos construtivos" pk assim aprendemos mais c receptores nesta vida e crescemos como emissores. Já me estou alongar...Entusiasmei-me,o tema e bastante interessante e apelativo,se quisermos,receber esta mensagem como util ao nosso viver. Abraço Fátima=)
ResponderEliminar"todos nós podemos ser educadores uns dos outros" regendo-nos pelos bons principios de respeito mutuo...Mas ha sempre os educadores formados,que nos ajudam no crescimento como ser humanos. Lembro a minha professora primária que teve um papel importante,e ate hoje e lembrada com mto carinho. Desde aprendizagem das primeiras letras,como o ensinar como relacionar com os outros...Foi a base para depois mais anos decorreram no ensino escolar e relacionamentos. Obrg a si professora Lurdes Modesto,e a todos os professores que fizeram parte da minha vida escolar e pessoal tb.
ResponderEliminarLígia!!!! Grande filósofa!!! :-)
ResponderEliminarEstou a gracejar, mas gostei muito dos teus comentários!
Beijocas
@fátima