Considero inadequadas e até algo burlescas as afirmações populares “longe da vista, longe do coração” e “ a ausência fortalece o coração”. São ideias do senso comum incorrectas sobre o desenvolvimento humano e contraditórias. Ao longo da vida, o ser humano vai adquirindo gradualmente capacidades psicológicas e vai mudando de umas formas de pensamento para outras. Estas mudanças interiores ocorrem devido a experiências de vida e à influência dos diversos meios ambientais, físicos e psicológicos, na nossa maneira de pensar e de ver o mundo e os outros. Nós, seres humanos, reagimos de forma diferente a situações idênticas em vários estádios do nosso desenvolvimento. Se em determinada fase da vida, o facto de um ente querido estar longe fisicamente estaria também longe dos sentimentos, em outra fase do nosso desenvolvimento poderia acontecer o oposto.
Por outro lado, somos todos diferentes, conforme Tavares et al. “dada a complexidade do ser humano, [...] o comportamento é determinado por múltiplos e diversos factores – estímulos, pré-disposição genética, sistema fisiológico, sistema cognitivo, ambiente social e cultural, experiências prévias de vida e características pessoais”(2007:p.11)
No entanto, entendo que, quando se refere a pessoas tão importantes quanto um filho, a ausência ou presença do mesmo não alteram nunca aquilo que uma mãe (e julgo que também um pai), sente pelo seu filho.
Concordo que algumas teorias do senso comum são firmadas em preconceitos e estereótipos, contudo, acredito que na sua maioria, estas teorias alicerçam-se na necessidade que o homem tem de “legalizar” os seus conflitos interiores e as suas atitudes e comportamentos menos éticos.
(@fátima moreira)
Bibliografia:
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.
Por outro lado, somos todos diferentes, conforme Tavares et al. “dada a complexidade do ser humano, [...] o comportamento é determinado por múltiplos e diversos factores – estímulos, pré-disposição genética, sistema fisiológico, sistema cognitivo, ambiente social e cultural, experiências prévias de vida e características pessoais”(2007:p.11)
No entanto, entendo que, quando se refere a pessoas tão importantes quanto um filho, a ausência ou presença do mesmo não alteram nunca aquilo que uma mãe (e julgo que também um pai), sente pelo seu filho.
Concordo que algumas teorias do senso comum são firmadas em preconceitos e estereótipos, contudo, acredito que na sua maioria, estas teorias alicerçam-se na necessidade que o homem tem de “legalizar” os seus conflitos interiores e as suas atitudes e comportamentos menos éticos.
(@fátima moreira)
Bibliografia:
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.